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Nutrição e produção leite materno, qual a relação?

O leite materno consegue manter o seu equilíbrio nutricional para o lactente, mesmo quando a mãe se encontra em situações extremas de inadequação alimentar. Apenas em casos prolongados de desnutrição, a qualidade do leite pode sofrer alterações.

Porém no que diz respeito à quantidade de leite produzida, o desequilíbrio nutricional tem impacto na diminuição do sistema imunológico da mãe, devido ao baixo suporte energético e de nutrientes no geral. Neste contexto, as questões relacionadas com a privação de sono e aumento do stress, são fatores que prejudicam a produção adequada de leite materno.

A produção de leite é também dependente do estimulo hormonal da prolactina, hormona que aumenta devido aos estímulos de sucção gerados pelo bebé em cada mamada.

A composição do leite varia de acordo com o tipo de alimentação que mãe faz, podendo apresentar variações da quantidade de: ácidos gordos, concentração de minerais (selénio e iodo) e de vitaminas, em particular vitaminas do complexo B. Para além disso, esta composição pode variar com a fase da lactação, o número de mamadas do bebé, a duração das mesmas e a hora do dia em que são realizadas.

Consumo de cafeína e álcool durante a lactação?

Na lactação é importante referir que a alimentação da mãe se relaciona diretamente com a composição e qualidade do alimento base que é fornecido ao bebé.

Deste ponto de vista o consumo de cafeína e álcool, deve ser observado com especial atenção, uma vez que estas substâncias conseguem ser transferidas para o leite materno.

A evidência sugere que relativamente ao consumo de cafeína, o recém-nascido tem uma capacidade muito diminuída de processar e excretar a cafeína, podendo originar no aumento da irritabilidade, alterações do sono e aumento dos desequilíbrios intestinais. Para evitar estas alterações, é aconselhado o consumo limitado após a amamentação, de modo a diminuir a quantidade de cafeína presenta na próxima mamada ou a abstinência completa do seu consumo.

Adicionalmente, devem ser limitados os alimentos que contenham cafeína, como bebidas energéticas, chá verde, coca-cola e alguns tipos de chocolate.

O consumo de álcool na lactação pode levar a consequências graves para o bebé e para o seu desenvolvimento neuromotor. Para além disso, pode levar a atrasos de aprendizagem e mais tarde à promoção de alterações metabólicas, nomeadamente ganho anormal de peso.

A Organização Mundial de Saúde, considera que durante a gravidez e período de amamentação, não existe nenhuma dose segura, em que o consumo seja inócuo, sendo recomendada a total abstinência na ingestão de álcool durante estes períodos.

 

Referências

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